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A reforma ministerial que vai liberar os ministros candidatos às eleições de outubro só vai ocorrer às vésperas do dia 5 de abril, quando vence o prazo de seis meses de desincompatibilização previsto na lei eleitoral. Somam 14 os ministros da Esplanada dos Ministérios que pretendem concorrer em outubro.
De volta ao Brasil depois de 12 dias de descanso na França, o ministro da Saúde, José Serra (PSDB-SP), pretende anunciar sua disposição de disputar o Palácio do Planalto nos próximos dias. Serra deve deixar o governo no dia 19 de fevereiro para reassumir sua cadeira no Senado e lançar-se na corrida presidencial.
É o que prevêem e defendem dirigentes nacionais do PSDB, lembrando que a data conjuga não só a reabertura do Congresso como também o prazo-limite para que os candidatos tucanos se inscrevam na pré-convenção do partido que vai tratar de sucessão presidencial. A executiva tucana determinou que os pré-candidatos se apresentem até o dia 20 de fevereiro para terem seus nomes apreciados na pré-convenção que ocorrerá quatro dias depois.
Como a saída de Serra não antecipa a reforma que substituirá os políticos por técnicos, restarão ainda seis outros tucanos do ministério até abril, além de três representantes do PFL, dois do PMDB e outros dois do PPB. A reabertura oficial do Congresso está marcada para 15 de fevereiro, mas como se trata da sexta-feira da semana do Carnaval, a nova sessão legislativa só deverá começar no dia 19.
– É quando o Serra deve voltar a ser senador – diz o prefeito de Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB), que tem sido apontado como o nome mais forte para coordenar a campanha de Serra.
A previsão de Velloso Lucas apóia-se em razões políticas e administrativas. Em defesa do bom andamento do Executivo federal, ele argumenta que ninguém pode querer nada que atrapalhe ou esvazie o governo Fernando Henrique. Mais do que isto, não interessa a Serra misturar sua saída com a dos demais ministros, nem ao PSDB atrelar o movimento de seu presidenciável aos interesses administrativos do Planalto.
O secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio Neto (PSDB), concorda e destaca que Serra é um caso atípico, até porque não há outro ministro que seja candidato a presidente da República. Embora a direção nacional do PSDB tenha estabelecido o dia 20 de fevereiro como data-limite para a inscrição de candidatos na pré-convenção, líderes do partido dizem que a medida é mera formalidade.
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